sábado, 21 de junho de 2014

Inverno 2014

21 de junho de 2014 - 7:51 da manhã: eis o dia e o horário do início do inverno.
Aberta a temporada, por mim, de poder usar duas mantas, de usar manta mesmo com gola alta, de usar polainas, disfarçada ou ostensivamente, e de ficar ironizando, sobre como o inverno é bom, em conversas com minha mãe, defensora ferrenha da fria estação.
Explico: ela diz que no inverno temos mais disposição para tudo.
Então, ao levantar, lá vou eu dizer para ela como saí da cama "super disposta" (só que não).
Ao ir tomar banho, lá vou eu dizer para ela como estou "super disposta" a encarar o banheiro e o banho (só que não).
Ao sair de casa, lá vou eu dizer para ela como estou "super disposta" a encarar o friozinho lá fora (só que não).
E assim ficamos, em vááários momentos dos dias de frio. E ela não se mixa para mim. Segue com frio, mas satisfeita com a estação preferida dela.
Ontem li sobre o frio não ser sentido da mesma forma por todo mundo.
Hoje li uma matéria sobre 10 motivos para amar e 10 motivos para odiar o inverno.
E, se formos pensar nestes dois pontos de vista sobre o assunto, certamente valeriam para o verão: também não é sentido da mesma forma por todos e também deve ter 10 motivos para amar e 10 para odiar o calorão.
Ainda em outra reportagem que li, bem interessante, sobre um jornalista do New York Times destacar diferenças do RS para o resto do Brasil, chamou-me a atenção quando foi dito: "...vestem preto, como se estivessem em luto pela ausência do calor do verão".
Nunca havia pensado desta forma, mas identifiquei-me muito com a interpretação.
Acho que o mínimo frio me afeta. Faz com que me lembre que um frio maior está por chegar, dali um tempo. Sofro ao pensar nisto. Mas não sou eu quem manda no clima e o inverno chega. E me conformo. "O que não tem remédio, remediado está". Tento ser forte saindo da cama todo o dia e fazendo o que precisa ser feito. Enfim, a vida segue, mesmo com 3 graus lá fora.
É um tipo de luto sim. Mas sei que o verão voltará e isso me conforta muito.
Também não há choro. Quer dizer, até há, mas é involuntário e provocado pelo frio e pelo vento. Então não conta.

(A imagem foi tirada do Twitter, onde leio muitas notícias diariamente, ainda na sexta-feira. O inverno não tinha chegado oficialmente, mas já podíamos sentir sua presença.)

quinta-feira, 19 de junho de 2014

A química da vida

Como explicar as relações que acabam? Conviveu-se bem com alguém, o tempo passou, algo aconteceu, mudou e, por fim, sente-se raiva da mesma pessoa que anteriormente nos encantou.
E as relações que nem começam? Só de olhar uma pessoa, se quer distância dela.

Uma vez me disseram que é tudo uma questão de química.
Vamos pensar que somos mais um elemento químico da tabela periódica e a combinação entre algumas pessoas pode não dar certo. Repelem-se, explodem, qualquer coisa do tipo. Simples assim.

Mas não é sobre isso que quero falar.
Aliás, é de uma situação exatamente oposta: alguém que gosta de ti de maneira totalmente gratuita. Do nada. De repente.
Tenho uma pessoa assim na minha vida.
Temos pouquíssimo contato, vivemos há muitos anos próximas uma da outra, nem sempre o bem querer foi dito (então não sei se já era sentido)...
Sei que, de uns anos pra cá, quando ela me enxerga, ela quer dar e receber beijo, me chama de "minha guriazinha" (na falta de saber ou lembrar meu nome), já disse várias que gosta muito de mim.
Pensei, pensei, pensei sobre isso, tentando identificar o momento em que algo especial tenha acontecido para todo esse carinho que ela tem comigo. Que tenha sido solícita com ela, que tenhamos conversado sobre algo mais significativo. Mas não cheguei à conclusão alguma.
Deve ser a tal da química novamente.
Sei dizer que o carinho dela me faz bem. Meu ser (elemento químico) reage bem a isso: viramos um composto de alegria e amor.

Além das vezes que nos encontramos, de vez em quando ela prepara uns quitutes e manda para mim. Na foto, as últimas empadinhas de frango que fez para se distrair na hora do jogo entre Brasil e Croácia na Copa do Mundo. DE-LI-CI-O-SAS!!!

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Linha de chegada

8 semanas passaram. Rapidamente, se me permitem dizer.
Acabou-se a competição, entre mulheres da empresa que trabalho, para ver qual equipe conseguiria dar mais passos durante esse período aí.
De novata no assunto, agora já posso dar uns pitacos ao falar de pedômetro e de 10.000 passos diários.
(Meu primeiro post sobre o assunto está neste link aqui.)

Algumas observações que fiz durante a experiência:
1) como disse anteriormente, nem sempre o pedômetro funcionou corretamente. Não entendi qual era o problema. Muitas (muitas mesmo) vezes tive que usá-lo pendurado no sutiã, pois na cintura da calça não contabilizava os passos com precisão.

2) dependendo da roupa que se coloque, o pedômetro chama a atenção. O que conflitua quando o que se quer é que ele seja uma presença sutil.

3) meu pedômetro faz barulho ao caminhar com ele. Não é um escândalo, mas quem caminha, escuta.

4) às vezes escolhia uma roupa sem lembrar que tinha que levar em conta o pedômetro.Teve vez que troquei de roupa por causa dele.

5) muitas vezes abdiquei de usar determinado sapato (principalmente os com salto) porque lembrava que iria caminhar o máximo que pudesse.

6) forçar caminhadas em dias seguidos, às vezes foi sentido pelo corpo e ele "reclamou".

7) fazer 10.000 passos diários é mais difícil do que imaginava. Fiquei mais na casa dos 6.000 ou 7.000 passos (mas quando acontece é uma vitória!).

8) nem sempre consegui caminhar uma quantidade razoável de passos. Há dias em que temos um dia inteiro em algum evento, assistindo palestras ou reuniões. Ou a escolha do fim de semana é ver filmes seguidos no cinema. Ou chove...

9) em dias frios, como começou a ter nas últimas semanas da competição, o pedômetro é friozinho num primeiro contato com o corpo (para uma friorenta, como eu, isso é relevante).

10) uma vez participante de um evento desses, acho que sempre ficam "marcas": presto mais atenção nos esforços físicos que posso fazer (utilizar mais escadas, caminhar para alguns lugares ao invés de pegar um meio de locomoção, etc).

11) fazer 10.000 passos diários passa a ser um objetivo.

12) não aconteceu comigo, mas é uma forma de confraternizar enquanto se faz a caminhada.

13) houve contato com pessoas conhecidas e desconhecidas em função da competição. Havia brasileiras, americanas e indianas envolvidas.

14) também faço yoga e não sei se é isto, se foram os 10.000 passos ou ambos, mas tenho sentido um fôlego melhor ao subir escadas.

15) nestas 8 semanas que se passaram, apareceram alguns artigos sobre a importância de nos exercitarmos, de fazermos intervalos no trabalho mais sentado (como é meu caso na frente do computador o dia todo), sobre os 10.000 passos.
 
A equipe em que eu estava acabou ficando em primeiro lugar (viva nós!!!), mas certamente é muito mérito de uma colega brasileira, que é atleta, e à organizadora do evento (que também fazia bonito nos 10.000 passos).

Conclusão: mexam-se sempre que puderem e tiverem condições. E podemos fazer isto de muitas formas.
Quando estiver chato de caminhar atééééééé aquele restaurante, levantar para pegar algo necessário e que foi esquecido na primeira caminhada até o quarto, descer e subir as escadas por causa de uma correspondência...pensem que é uma oportunidade para dar alguns passos a mais no dia de vocês.
Arranjem desculpas para fazer isso mais vezes. Acho que vai ser bom!