quinta-feira, 22 de setembro de 2016

A idade está na cabeça da gente

Por acaso eras o tipo de criança que queria crescer antes do tempo?
Aquelas que ficavam contando com a chegada dos 15 anos, depois com a dos 18 e 21?
Eu não. Nunca tive pressa de ficar mais velha. Se possível, até queria voltar na idade, desde que tivesse o mesmo nível de amadurecimento. (Risos)

Tenho um amigo de infância, bonito, querido que me surpreendeu quando confessou estar passando por uma crise porque ia atingir os 40 anos.
Nunca passei por isto e espero que assim continue. Seria desgaste de energia em vão, pois o tempo não iria voltar de qualquer maneira.

Por acaso alguém aí conhece algum parente ou amigo ou vocês mesmos que se ache muito velho para fazer alguma coisa?
Começar do zero então? "Já não tenho mais idade pra isso." "Estou muito velha." "Agora não dá mais."
Soa familiar?
Pois é...quem nunca?

Porém, se pararmos para pensar, veremos que envelhecer é sinal de que estamos vivos, de que tudo ainda é possível, de que ainda há tempo. Tem gente que não chega lá e a morte prematura de Domingos Montagner me fez pensar nisto. (RIP, Domingos...)

Em compensação, mesmo quem envelhece mas continua vivendo, nos enche de orgulho quando realizam sonhos, tais como o de se formarem na faculdade ou saltarem de paraquedas.

Recentemente vi o vídeo de um cara desses, de 80 anos vivendo um grande momento na vida e sendo sucesso nas passarelas.
Já viram? É lindo! E dá uma lição de vida para quem assiste.

Transcrevi o vídeo aqui, mas vejam vocês mesmos o vídeo depois.

Meu nome é Wang Deshun. Nasci e cresci em Shenyang, China.
Muitas pessoas me conheceram depois de um desfile em uma passarela.
Algumas pessoas me dizem que sou o vovô mais bonito que existe.
Alguns dizem que virei celebridade do dia para a noite.
Mas você sabe? Eu me preparei para este dia. Venho me preparando por 60 anos.
Aos 24 me tornei um ator de teatro.
Aos 44 anos comecei a estudar inglês.
Aos 49 criei minha própria trupe teatral.
Fui para Pequim, tornei-me um andarilho.
Eu não tinha nada no meu nome, comecei tudo do zero.
Aos 50 anos entrei na minha primeira academia, comecei a malhar.
Aos 57 eu retornei para os palcos e criei uma performance única no mundo, chamado "Living Sculpture Performance".
Aos 70 eu já estava malhando muito.
Aos 79 anos, entro na passarela pela primeira vez.
Hoje estou com 80 anos e ainda existe algo dentro de mim.
Ainda tenho alguns sonhos para realizar.
Acredite em mim. Nosso potencial pode ser explorado.
Quando você pensar que é tarde demais, tenha cuidado. Não deixe que isso seja uma desculpa para você desistir.
Ninguém pode impedi-lo de ter sucesso, exceto você mesmo.
Seja o mais brilhante possível quando for chegada a hora de brilhar.
Meu nome é Deshun, Wang, um determinado do norte da China.

Aqui conseguirão ver o vídeo: http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/modelo-aos-80-anos-ele-prova-que-nunca-e-tarde-para-mudar

Obrigada por terem vindo até aqui. Namastê!

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Francofonia - O Louvre sob ocupação - filme

Ainda não fui para a França, logo, não conheço o Louvre ao vivo.
Já fiquei chateada com a lenda urbana de que os franceses não falam direito com quem não fala francês.
Já pensei em nem ir até lá por causa disto.
Mas este pensamento mudou faz tempo.
Depois de ver e ouvir maravilhas da França, revi meus conceitos e este país faz parte da minha lista de lugares para conhecer, com toda certeza!

Um amigo, apaixonado por francês, falava que era uma língua fácil e parecida com o português.
Tenho visto vários filmes franceses, já gravei umas poucas palavras, mas não me soa fácil ainda.
Até comecei a estudar um pouquinho, sozinha, pela internet, e sigo sem achar uma língua tranquila de se entender e falar.

Dito isso tudo, quero falar de um documentário diferente que vi recentemente sobre o Louvre: Francofonia - O Louvre sob ocupação.
Diferente porque tem um pouco de encenação para passar adiante a informação que quer.
Um dos personagens é Napoleão Bonaparte, que se gaba de sua importância para o Louvre.
Li que a mulher que aparece às vezes com o Napoleão, cujo significado não tinha conseguido decifrar, seria o espírito feminino da França.

O grande mote de Francofonia é a ocupação nazista. Dá um nervoso só de pensar no que poderia ter acontecido.
Além disto, vemos como o Louvre surgiu, sua vastidão, algumas obras, o processo que englobava (não sei se ainda é assim) o transporte de obras.
Fica evidente a importância do Louvre, da arte, dos apaixonados por arte e achei lindo quando o autor fala: “o que seria de mim se não conhecesse os olhos dos que vieram antes de mim?“.

Apesar do foco ser a França, pensei em outras obras maravilhosas e únicas que já foram destruídas pelo mundo, por pura ignorância. Tristeza...

Após escrever este texto, coincidentemente li um artigo do gaúcho Leandro Karnal: Educar não é adestrar, que saiu no Estadão, em que fala: "Educar não é adestrar, mas ampliar e estimular o repertório para que cada ser faça parte da aventura humana. A educação pela arte é poderosa e pode mudar, para sempre, a vida de alguém."

Acredito nisto.

Deixo ainda mais um pensamento que diz muito a respeito do assunto:
"Não existe meio mais seguro para fugir do mundo do que a arte, e não há forma mais segura de se unir a ele do que a arte." Johann Goethe

Obrigada por terem vindo até aqui. Namastê!