domingo, 25 de agosto de 2013

Obras faciais

Em homenagem ao dia da mulher deste ano, recebemos, de presente da empresa em que trabalho (ADP), um curso de automaquiagem.
Sempre que queria maquiar-me, ia a um salão de beleza para que alguém fizesse isto em mim. E só acontecia quando tinha uma grande festa para ir.
Contei com a fraternal ajuda da minha irmã algumas vezes, com a mão amiga da Carla D’Avila de Assumpção, em outras, e, fora isto, acho que só me atrevia a passar batom e, lá de vez em quando, lápis nos olhos.
Queria mais, mas não sabia fazer e sempre havia uma desculpa para não fazer um curso: falta de maquiagens, pinceis, horário, coragem.
Enfim, veio o curso, aprendi algumas coisinhas, comprei alguns produtos básicos necessários e ousei maquiar-me sozinha. Várias vezes já.
E é bem legal! Vamos notando e descobrindo coisas interessantes.
Neste universo, os cremes e pós, por exemplo, possuem pesos, nas suas embalagens, muito irrisórios (1 grama, 8 gramas), mas acabam sendo pesos ideais, pois um pouquinho do produto passado na pele já é suficiente ou vai dando o tom que queremos.
Até porque depois pode vir outro por cima ou do lado, para gerar outra cor ou para complementar aquela primeira.
Podemos passar os produtos com pinceis, mas também funciona passando com os dedos.
Há vários, vários, vários (mesmo) tutoriais, na internet, ensinando as mais diversas maquiagens.
Elas podem ser para o dia ou para a noite. Podem ser leves ou pesadas.
Podemos dar mais enfoque a uma parte do rosto e tirar a atenção de outra.
Tudo vai se compondo de pequenos detalhes, como um artista pintando um quadro que acaba virando uma obra de arte, com elementos harmoniosos.
Nem sempre estou maquiada. Ainda sou aprendiz na confecção de minhas obras, mas independente disto, e de ser saudável ou não, é uma parte do universo feminino que adentro.
E, em sendo mulher, ela também é importante na construção deste meu ser que vou descobrindo, desabrochando e expondo, em cores.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Formatura, Forma dura

É um dos eventos que mais gosto de ir. Amei a minha e sempre vejo os formandos tão felizes quanto estive no meu dia.
E as autoridades das faculdades normalmente não gostam que os formandos e seus convidados façam algo de muito diferente ou barulhento.
Há um ritual a ser seguido e pouco se foge daquele script.
Mesmo assim há muito de pessoal e de espontâneo na demonstração da alegria de cada formando.
E isso contagia.
Para ficar melhor ainda, ela permeia toda a solenidade: na chegada dentro do salão de atos, na subida ao palco, na espera de cada etapa, ao receber o "canudo", ao tirar fotografia, ao cumprimentar os colegas.
É um sorriso largo, uma brincadeira com os colegas próximos, um grito de vitória, um coraçãozinho feito com as mãos, uma dancinha quando a música é irresistível, uma vibração pelo chamamento de um colega querido e por aí vai.
E a plateia fica atenta à lista de chamada, aos gestos e palavras daquele que a motivou a estar ali, por  algumas horas, participando de um momento especialíssimo em sua vida.
Como se não bastasse tudo isso, ainda há uma parte que me toca bastante e, acredito, a muitas outras pessoas, a julgar pelo volume alto com que os cantam: a hora dos hinos.
Dá um orgulho, uma emoção, uma certeza de que defenderíamos mesmo nossa terra, caso fosse preciso. (E penso que os políticos deveriam cantar hinos mais vezes.)

O trocadilho do título foi só uma brincadeirinha, como se quisesse revelar a formação da palavra.
Na realidade, nem pesquisei sua origem. Só quis chamar a atenção ao contraste entre dureza, conservadorismo de uma cerimônia pomposa (que respeito e acho bonita) e a natureza humana: mais incontrolável, imprevisível, à flor da pele.
E o equilíbrio das duas coisas oferece-nos uma cerimônia linda, divertida, emocionante.
Aproveito para agradecer todos os convites de formatura recebidos até aqui e aos que ainda virão. Só deixo de comparecer quando não consigo mesmo. É uma satisfação estar lá!

Obs.: tirei uma foto da foto, para colocar de imagem no post de hoje.