sábado, 15 de setembro de 2012

Quem quer presente?


A palavra presente é usada para nos situarmos no tempo, para indicar que algo ou alguém está em um lugar e para falar de algo que ganhamos.
E é disto que quero falar.

Numa visão macroscópica, para quem acredita em Deus, todos os nossos presentes vêm Dele, já que tudo passa pela Sua permissão.
Baixando mais o olhar, posso presentear-me ou ganhar um presente de alguém.
E é deste que quero falar.

Nem sempre é uma coisa comprável.
Às vezes chega de forma inesperada, mas também pode ter ocasião certa para acontecer.
Muitas vezes só vamos descobrir que era um presente depois de passado algum tempo, quando ao invés de ganhar, "perdemos" algo.
Nestes tempos cibernéticos, nosso presente pode nem chegar a tocar nossa mão, mas pode abrir um sorriso gostoso, dar uma sensação boa ou deixar nossos olhos dentro de belas poças d'água, ou seja, nos tocar fundo.
Algumas vezes dura breves instantes, mas a lembrança pode teimar em fazer seu efeito ficar longo.
E quando parece ser o presente perfeito, com a embalagem perfeita e o tempo vem e mostra que era pura ilusão?
Pessoas também podem ser presentes. Presentes de alma. Mas nem todas...
Nem sempre conseguimos perceber, com 100% de certeza (alguém consegue?), que tipo de presente deparou-se na nossa frente...
A verdade virá e pode machucar.
Deixar de viver por causa disto? Refugar todos os demais presentes?
Não é nem justo com a vida que nos foi dada.
O negócio é aprender. Talvez o grande ensinamento seja desapegar-se, reciclar-se.
Quantas coisas que ficamos teimosa e mecanicamente carregando conosco, sem utilidade alguma?
As infinitas possibilidades estão aí. Há muitos outros presentes!
Podemos abrir nossa própria embalagem e sermos presentes nas vidas dos que nos rodeiam. Temos muito a oferecer!

Este escrito surgiu após receber, em mãos, um presente inesperado, dado por um presente de amigo, presente em minha vida.