domingo, 16 de junho de 2013

Dia dos namorados

Data criada, no Brasil, em 1949, por João Dória, para aumentar vendas no comércio.
E acaba-se "comprando" a ideia todos os anos.
Lojas, restaurantes, bares, moteis, cinemas, floriculturas...os lugares enchem de namorados, noivos, casados.
Só os ficantes é que somem neste dia.
Podem se falar até às 23:59 do dia 11, mas depois? Só a partir do primeiro minuto do dia 13.
O dia 12/06 deveria ser apagado do calendário, para eles.
Ah, se fosse possível hibernar por um dia...seria a solução perfeita!
Mas o ficante que tem esperança de ser promovido a namorado...ah, para este, o dia 12 é um longo, quase interminável dia.
Acorda ao primeiro toque do despertador, arruma-se, coloca seu melhor perfume. Quer estar preparado caso surja um convite.
Mas à medida que as horas vão passando, o fim do dia chega e o contato não vem, a tristeza e a desesperança enchem seu coração.
E, para se conformarem um pouquinho, dizem, para si, que esta é uma data puramente comercial.
Seguem iludindo-se com aquele ficante que sumiu no dia dos namorados, achando que não merecem darem-se de presente uma mudança de atitude, um basta àquele ficante, já que não nasceram para aquela situação. Nasceram para o amor, são namorados inatos.


segunda-feira, 3 de junho de 2013

YES, I like it!

Soube que haveria show na época que anunciaram a venda de ingressos, há meses.
Um dia antes, sábado (25/06/13), passei rapidamente os olhos na notícia que não adiantava nem prestar atenção: no dia seguinte era o show, que eu não ia.
Antes disto, no próprio sábado, encontrei com um amigo de velha data, após entrar e sair de um supermercado porque estava muito cheio (inversamente proporcional à minha necessidade de fazer compras naquele momento).
Papeamos um pouco e falei dos meus incertos planos para o domingo.
Início da noite de domingo, recebo um torpedo, deste mesmo amigo, perguntando se não queria ir ao show (aquele mesmo que nem tinha esperança de ver), de graça, já que acabara de ganhar alguns ingressos de um amigo.
19h e pouco, estava eu na frente do Araújo Viana, esperando meu amigo chegar.
Primeiro a banda local Apocalypse fez um show rápido e muito legal, em que, além de mostrarem que são bons, trouxeram o Hique Gomes como convidado, para tocar seu violino. Fantástico!
Depois, o show da banda Yes...
Banda de rock progressivo super conhecida, criada pelo final dos anos 60.
Acho que o mais novo da banda é o atual vocalista (desde 2012 nela), justamente quem mais me chamou a atenção. Calças brancas com uma suave boca de sino, bata indiana, cabelos compridinhos, canhoto e o único vocalista, entre brasileiros e estrangeiros, que eu tenha visto, que se dirigiu ao público como "Queridos e queridas!".
E queridice foi o que ele próprio passou durante todo o show.
Várias vezes colocou as mãos no coração, como quem quisesse mostrar que estava amando aquele momento ou que estava sentindo o que cantava. E lançava aquele energia amorosa para a plateia, com seus braços.
Várias vezes postou suas mãos em posição de oração, como quem agradece a Deus, e elevou seus braços aos céus.
Em alguns momentos, seus dedos nos passaram a mensagem de paz e amor!
Senti-me abraçada, quando ele fez gesto mostrando esta vontade, para todos os lados do palco.
E para finalizar, foi o último músico a sair do palco e disse um forte e pausado "Muito obrigado!" e desejou paz e harmonia a todos e mais um "Tudo de bom!".
Ai, acabou comigo (no bom sentido)!
Tive aquele gravíssimo problema de ficar triste com o término do show e de querer levar todos para minha casa (é...isto acontece comigo...mas só quando gosto das apresentações).
Foram duas horas de show, com belas músicas, jogando-me para um bom revival da vida!
Músicos competentíssimos, plateia da minha idade (na maioria), show perfeito, pontual e muito...fofo, digamos assim, com a ajuda de Jon Davison (o vocalista querido)!

Agora me diz aí: existem ou não existem coisas (muito) boas nesta nossa vida?
Milagres acontecem ou não?
(Respostas corretas: Existem.
                               Acontecem.)