sexta-feira, 24 de julho de 2015

Ah, que é isso? Ela está descontrolada

Episódio 1:
Há alguns anos, estava fazendo um procedimento alternativo, para melhorar minha qualidade de vida (sim, sou dessas que fujo, quando posso, da medicina tradicional), e enquanto isso acontecia, escutava repetidamente um salmo.
Tinha ouvido uma verdade a respeito da minha vida (não lembro qual) antes de começar o procedimento.
Assim que comecei a escutar o salmo, lágrimas, lágrimas...e mais lágrimas rolavam soltas pelos meus olhos (que estavam fechados, enquanto usava uns óculos conectados com um computador e sincronizados com a leitura do salmo).
Era um choro incontrolável. E assim permaneci por um bom tempo.
Já tinha feito aquilo (o procedimento) outras vezes (nunca com o mesmo salmo), às vezes com música, às vezes com alguma meditação e até mesmo com outros salmos. As lágrimas nunca tinham aparecido.
E certamente outras verdades já haviam sido ditas durante outros atendimentos.

Episódio 2:
Estou com a mania de escutar música, no youtube, enquanto tomo banho.
Como li sobre o livro que está sendo lançado com textos do Renato Russo escritos enquanto estava internado numa clínica de reabilitação, fiquei com vontade de escutar o disco que tem algumas das músicas que mais gosto do Legião Urbana: Dois.
Lembra época de segundo grau. Mas também escutei muitas vezes mais tarde.
Iniciei na primeira faixa (uma das que mais gosto) e entrei pro banho.
Segunda faixa cansou minha beleza. Tocou demais na vida já.
Terceira faixa e, cantando, a voz começa a embargar. As lágrimas rolando, sem controle.

Esta situação me remeteu à do salmo.

Enquanto escrevia este texto, lembrei do episódio de lágrimas espontâneas brotando quando cheguei na parte superior externa do Convento de Cristo, em Tomar (Portugal).
(E visitei tanto lugar bonito aquela vez! Mas só lá que aconteceu.)

Na verdade, acho que todos nós podemos listar vários episódios de lágrimas alegres e tristes vindas "do nada", né?
Gostaria de entender o que se passa com meu cérebro, com meus sentimentos, com minha alma. O que desencadeia as lágrimas.
Mas não tenho tanto conhecimento sobre mim mesma a este ponto.
O descontrole assusta, mas também alivia, pois como não dá para controlar, nos entregamos.
Permitimos que o corpo faça o que está com vontade de fazer.
Mas ele que não se engane: tentaremos retomar as rédeas assim que possível.

A foto é do Convento de Cristo.

O título do texto veio do funk Elas estão descontroladas. (Gente, não sei dançar funk - mas lembrei do refrão.)

Obrigada por terem vindo até aqui. Namastê!

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